"Substituição do sec. Estado da Energia não tem história"
Em declarações aos jornalistas, com o ministro da Economia ao seu lado, à chegada a um jantar promovido pela consultora KPMG, em Lisboa, o primeiro-ministro considerou que "está na altura de acabar com certos folhetins e com certos romances" sobre a demissão de Henrique Gomes, que na terça-feira foi substituído por Artur Trindade.
"A substituição do senhor secretário de Estado não tem história. Trata-se de uma comunicação que ele próprio fez desejando abandonar o Governo nesta altura por razões de ordem familiar e de ordem pessoal que nós respeitamos e que eu conheço, em particular, há bastante tempo, na medida em que tive até uma intervenção direta e pessoal na escolha que na altura foi feita pelo senhor ministro da Economia quando o convidou para vir para o Governo", afirmou.
O primeiro-ministro reforçou que "o secretário de Estado não saiu do Governo em razão do trabalho que tinha de realizar".
Segundo Passos Coelho, "a política do Governo mantém-se nesta área e o novo secretário de Estado que foi escolhido pelo senhor ministro da Economia para prosseguir este trabalho só pode dar boas garantias de que esse trabalho vai ser bem realizado".
O primeiro-ministro argumentou que, como Artur Trindade "veio da área reguladora" da energia, "não pode haver maiores garantias de isenção na condução desse processo".